segunda-feira, 29 de agosto de 2016

AMÉRICA/VENEZUELA - Jornada da Criança: as famílias comemoram junto com seus pequenos, não obstante a crise


Caracas (Agência Fides) – Embora as condições econômicas e sociais nas quais se encontra a Venezuela não permitam comemorações, domingo, 17 de julho, foi celebrada a Jornada da Criança. O espírito com que as famílias venezuelanas comemoraram a Jornada foi totalmente concentrado na fé em Deus, no otimismo, na esperança em tempos melhores. Os testemunhos colhidos pelo jornal local “Efecto Cocuyo” relatam uma infância sacrificada pela fome, a pobreza, a precariedade de cuidados médicos. Cerca de 20% dos menores venezuelanos sofrem de desnutrição, segundo a fundação Bengoa, e outros 20% perdem a vida por causa da falta de medicamentos. “Não precisamos de riquezas especiais para que nossos filhos se sintam especiais”, declarou o presidente da Rede para Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes. Esta Jornada foi a ocasião para promover o valor da família, a comunicação e a alegria, que as crianças gostam de compartilhar com as pessoas que querem bem. 
(AP) (18/7/2016 Agência Fides)


Fonte: http://www.fides.org/pt/

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

ORAÇÃO DE SANTA MÔNICA


Ó Santa Mônica, que pela oração e pelas lágrimas alcançastes de Deus a conversão de vosso filho transviado, depois santo (Santo Agostinho). 
Olhai para o meu coração, amargurado pelo comportamento do meu filho desobediente, rebelde e inconformado, que tantos dissabores causou ao meu coração e a toda a família. Que vossas orações se juntem com as minhas, para comover o bom Deus, a fim de que Ele faça meu filho entrar em si e voltar ao bom caminho.
Santa Mônica fazei que o Pai do Céu chame de volta à casa paterna o filho pródigo. Dai-me esta alegria, eu serei sempre agradecido(a).

Santa Mônica atendei-me. Amém
Dia de Santa Mônica - 27 de agosto



Fonte: http://www.padrereginaldomanzotti.org.br/

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

ÁFRICA/RUANDA - Nova intervenção a favor das mulheres e crianças e contra a desnutrição

Muyanza (Agência Fides) - Um projeto multi-setorial de apoio à maternidade e à infância foi lançado em 1o de julho. Trata-se de uma nova intervenção do Movimento Luta contra a Fome no Mundo no âmbito médico, de saúde e de nutrição, em apoio a mulheres e recém-nascidos do setor de Buyoga, Ruanda Setentrional. Em comunicado enviado à Agência Fides, a ONG confirma o objetivo de melhorar a situação da nutrição materno-infantil da região e os cuidados neonatais e pediátricos de 1500 núcleos familiares vulneráveis da região, prevendo três linhas de ação. 
A primeira fase prevê uma obra de sensibilização dirigida a gestantes e jovens mães, durante a gestação e nos primeiros anos de vida. Em segundo lugar, o Centro de Saúde de Muyanza será dotado de equipamentos médicos específicos para assegurar uma assistência melhor às gestantes e reconhecer antecipadamente gestações de risco e oferecer assistência e cuidados eficazes, antes e durante o momento do parto. 

Paralelamente, serão realizados cursos de formação específica para o pessoal que trabalha no Centro de Saúde, que deverá prestar cuidados tempestivos aos recém-nascidos e suas mães, além de sensibilizar a cidadania. A segurança alimentar das famílias será também reforçada através do aperfeiçoamento e da melhoria da produção agrícola e da pastorícia. A terceira fase do projeto prevê a formação dos agricultores, com o ensinamento de novas técnicas agrícolas e a criação de ‘kitchen garden’ e atividades para o desenvolvimento da criação de pequenos animais e cursos de veterinária. Graças ao microcrédito, em todo o setor de Buyoga serão beneficiados 500 pastores e agricultores. “Em uma só intervenção – declaram os responsáveis do MLFM em Ruanda – nos comprometemos em oferecer apoio nutritivo materno-infantil até 6 anos, formação de saúde e microcrédito para a cultivação e a distribuição de animais de pequeno talho”. (AP) (21/7/2016 Agência Fides)


Fonte; http://www.fides.org/pt/

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

ORAÇÃO DE SANTA HELENA


Dia de Santa Helena - 08 de agosto

Gloriosa Santa Helena, mãe do imperador Constantino, Vós recebestes do céu a valiosa graça de descobrires o local onde tinha sido oculta a Santa Cruz onde Nosso Senhor Jesus Cristo derramou o seu sagrado sangue pela redenção da humanidade. 
Tiveste um sonho, no qual vistes a Santa Cruz nos Vossos braços. Descobristes a Cruz de Nosso Senhor, a Sagrada Coroa de espinhos, os sagrados cravos com que os seus algozes pregaram as suas mãos e os seus pés no madeiro. 
Destes um cravo ao Vosso irmão. Ficastes com outro e o terceiro atirastes ao mar, para amainar a tempestade que ameaçava afundar o barco em que conduzíeis a Santa Cruz. 
Pela Cruz que descobristes, pela Coroa de espinhas e pelos Cravos, eu Vos peço, Santa Helena, sede a minha advogada, junto a Nosso Senhor Jesus Cristo. 
Defendei-me, Senhora, das tentações, dos perigos, das aflições, dos maus pensamentos dos pecados. 
Guiai-me nos meus caminhos, dai-me a força de suportar as provas que me forem impostas por Deus, livrai-me do mal. Assim seja. Amém

Fonte: http://www.oracoesdaigrejacatolica.com/

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

NA MISSÃO ...

Olá caríssimos missionários, 

É com grande alegria que anunciamos que a IAM da Diocese de Osasco irá realizar o primeiro grande evento de missão. 
A banda Arkanjos e Ministério Missões já estão confirmados para realizar os shows de missões...
Preparem-se, em breve mais novidades aqui e na nossa página do facebook. 

Saudações missionárias!

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Mensagem de sua Santidade o Papa Bento XVI para dia mundial das Missões 2006

Olá caríssimos missionários, 

Hoje vamos refletir sobre a mensagem que Papa Bento XVI, escreveu para dia mundial das missões de 2006.

Texto na íntegra:

"A caridade, alma da missão"
Amados irmãos e irmãs

1. O Dia Missionário Mundial, que celebraremos no domingo, dia 22 do próximo mês de Outubro, oferece a oportunidade para reflectir este ano sobre o tema: "A caridade, alma da missão". Se não for orientada pela caridade, isto é, se não brotar de um profundo acto de amor divino, a missão corre o risco de se reduzir a uma mera actividade filantrópica e social. Com efeito, o amor que Deus nutre por cada pessoa constitui o coração da experiência e do anúncio do Evangelho e, por sua vez, quantos o acolhem tornam-se suas testemunhas.

O amor de Deus, que dá vida ao mundo, é o amor que nos foi concedido em Jesus, Palavra de salvação, ícone perfeito da misericórdia do Pai celeste. Então, a mensagem salvífica poderia ser oportunamente resumida com as palavras do Evangelista João: "E o amor de Deus manifestou-se desta forma no meio de nós: Deus enviou ao mundo o seu Filho unigénito para que, por Ele, tivéssemos a vida" (1 Jo 4, 9). 

O mandamento de difundir o anúncio deste amor foi confiado por Jesus aos Apóstolos depois da sua ressurreição, e os Apóstolos, interiormente transformados no dia do Pentecostes pelo poder do Espírito Santo, começaram a dar testemunho do Senhor morto e ressuscitado. A partir de então, a Igreja continua esta mesma missão, que constitui para todos os fiéis um compromisso irrenunciável e permanente.

2. Por conseguinte, cada comunidade cristã é chamada a fazer conhecer Deus, que é Amor. Foi sobre este mistério da nossa fé que desejei deter-me para reflectir na Encíclica "Deus caritas est". Com o seu amor, Deus permeia toda a criação e a história humana. Nas origens, o homem saiu das mãos do Criador como fruto de uma iniciativa de amor. Depois, o pecado ofuscou nele a marca divina. Enganados pelo maligno, os progenitores Adão e Eva faltaram ao relacionamento de confiança com o seu Senhor, cedendo à tentação do maligno, que neles infundiu a suspeita de que Ele era um rival e queria limitar a sua liberdade. Assim, ao amor divino gratuito eles preferiram-se a si mesmos, persuadidos de que desde modo confirmavam o seu livre arbítrio. 

Consequentemente, terminaram por perder a felicidade original e experimentaram a amargura da tristeza do pecado e da morte. Mas Deus não os abandonou e prometeu-lhes, bem como aos seus descendentes, a salvação, preanunciando o envio do seu Filho unigénito, Jesus, que teria revelado na plenitude dos tempos o seu amor de Pai, um amor capaz de resgatar toda a criatura humana da escravidão do mal e da morte. Por conseguinte, em Cristo foi-nos comunicada a vida imortal, a própria vida da Trindade. Graças a Cristo, Bom Pastor que não abandona a ovelha perdida, aos homens de todos os tempos é conferida a possibilidade de entrar em comunhão com Deus, Pai misericordioso, pronto a acolher novamente em casa o filho pródigo. 

Um sinal surpreendente deste amor é a Cruz. Na morte de Cristo na cruz escrevi na Encíclica Deus caritas est"cumpre-se aquele virar-se de Deus contra si próprio, com o qual Ele se entrega para levantar o homem e para o salvar o amor na sua forma mais radical [...] É lá que esta verdade pode ser contemplada. E começando de lá, pretende-se agora definir em que consiste o amor. A partir daquele olhar, o cristão encontra o caminho do seu viver e do seu amar" (n. 12).

3. Na vigília da sua Paixão, Jesus deixou como testamento aos discípulos, reunidos no Cenáculo para celebrar a Páscoa, o "novo mandamento do amor mandatum novum": "É isto que vos mando: que vos ameis uns aos outros" (Jo 15, 17). O amor fraterno que o Senhor pede aos seus "amigos" tem a sua fonte no amor paterno de Deus. O Apóstolo João observa: "Quem ama nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus" (1 Jo 4, 7). 

Portanto, para amar segundo Deus é necessário viver nele e dele: Deus é a primeira "casa" do homem, e somente quem nele habita arde com o fogo da caridade divina, capaz de "incendiar" o mundo. Não é talvez esta a missão da Igreja de todos os tempos? Então, não é difícil compreender que a autêntica solicitude missionária, compromisso primordial da Comunidade eclesial, está vinculada à fidelidade ao amor divino, e isto vale para cada um dos cristãos, para cada comunidade local, para as Igrejas particulares e para todo o Povo de Deus. 

Precisamente da consciência desta missão conjunta haure vigor a generosa disponibilidade dos discípulos de Cristo, para realizar obras de promoção humana e espiritual que dão testemunho, como escrevia o amado João Paulo II na Encíclica Redemptoris missio"da alma de toda a actividade missionária:o amor, que é e permanece o verdadeiro motor da missão, constituindo também "o único critério pelo qual tudo deve ser feito ou deixado de fazer, mudado ou mantido. É o princípio que deve dirigir cada acção, e o fim para o qual deve tender. Agindo na perspectiva da caridade ou inspirado pela caridade, nada é impróprio e tudo é bom"" (n. 60). Deste modo, ser missionário quer dizer amar a Deus com todo o próprio ser a ponto de entregar, se for necessário, a vida por Ele. Quantos sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, também nesta nossa época, deram o supremo testemunho do seu amor com o martírio! 

Ser missionário significa debruçar-se, como o bom Samaritano, sobre as adversidades de todos, de forma especial dos mais pobres e necessitados, porque quem ama com o Coração de Cristo não busca o seu próprio interesse, mas unicamente a glória do Pai e o bem do próximo. Aqui está o segredo da fecundidade apostólica da acção missionária, que ultrapassa as fronteiras e as culturas, alcança os povos e se espalha até aos extremos confins do mundo.

4. Estimados irmãos e irmãs, que o Dia Missionário Mundial constitua uma ocasião útil para compreender cada vez melhor que o testemunho do amor, alma da missão, diz respeito a todos. Com efeito, servir o Evangelho não deve considerar-se uma aventura solitária, mas um compromisso compartilhado por todas as comunidades. Ao lado daqueles que se encontram na linha de vanguarda nas fronteiras da evangelização e aqui penso com reconhecimento nos missionários e nas missionárias muitos outros, crianças, jovens e adultos, com a sua oração e a sua cooperação, contribuem de várias maneiras para a propagação do Reino de Deus na terra. 

Formulo bons votos a fim de que esta partilha aumente cada vez mais, graças à contribuição de todos. Aproveito de bom grado esta circunstância para manifestar o meu agradecimento à Congregação para a Evangelização dos Povos e às Pontifícias Obras Missionárias (P.O.M.) que, com dedicação, coordenam os esforços envidados em todas as regiões do mundo, em favor da acção de quantos se encontram na primeira linha nas fronteiras missionárias. 

A Virgem Maria, que com a sua presença aos pés da Cruz e a sua oração no Cenáculo, colaborou activamente nos primórdios da missão eclesial, sustente a sua acção e ajude os crentes em Cristo a serem cada vez mais capazes do amor verdadeiro, para que num mundo espiritualmente sequioso se tornem nascente de água viva. Formulo de coração estes votos, enquanto concedo a todos a minha Bênção.

Vaticano, 29 de Abril de 2006.

BENEDICTUS PP. XVI

Fonte: https://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/messages/missions/documents/hf_ben-xvi_mes_20060429_world-mission-day-2006.html

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Cracóvia é aqui #IAM

Olá caríssimos missionários, 

Aconteceu nos dias 29, 30 e 31 de julho em Ibiúna, o CRACÓVIA É AQUI, uniu jovens de toda a diocese de Osasco. 

Membros da Infância e Adolescência Missionária participaram do evento na paróquia Santa Cruz acolhidos pelo padre Pedro. Durante o evento tiveram momento de pré missão com seminarista Leonardo, vigília, show com bandas católicas, procissão luminosa, visitas as casas e Santa missão presidida por Dom João Bosco. 

Confira outras informações na pagina do facebook: 

https://www.facebook.com/pages/Cracóvia-É-Aqui-Ibiúna 

De todas as crianças, adolescentes e jovens do mundo sempre amigos.





segunda-feira, 15 de agosto de 2016

AMÉRICA/VENEZUELA - Crianças desmaiam de fome nas escolas


(Agência Fides) – No colégio José María Vélaz, zona oeste de Caracas, houve diversos casos de desnutrição depois que alguns alunos começaram a desmaiar, pelo menos um por dia, em consequência das grandes dificuldades de muitas famílias em propiciar alimentos para seus filhos. Dados obtidos nesta escola mencionam que cerca de 25% dos alunos têm dificuldades de se nutrir e 18% sofrem fome de forma crítica. Os professores constataram pelo menos 120 casos de déficit alimentar e 2 casos de nutrição em um total de 478 alunos que frequentam o colégio. O alarme foi difundido por um jornal local, recebido pela Fides. Segundo a diretora da escola, os sintomas das crianças com carências alimentares são desmaios, dores de cabeça e de barriga e perda de peso. Agora existe uma grande preocupação em relação à situação que enfrentarão quando as escolas reabrirem em setembro, pois entre maio e julho o número de crianças com peso abaixo da norma triplicou. 
A estes dados, já críticos, somam-se os de um estudo realizado por Venebarómetro em abril, que indica que cerca de 86,3% dos venezuelanos estão comprando menos gêneros alimentares. (AP) (19/7/2016 Agência Fides)


Fonte: http://www.fides.org/pt

domingo, 14 de agosto de 2016

ORAÇÃO PELOS PAIS

  Olá caríssimos missionários, 

  Vamos rezar pelos nossos pais...
Senhor, meu Deus, vós quereis que respeite, ame e obedeça a meus queridos pais. Peço-vos que vós mesmo me inspireis o respeito e a reverência que lhes devo e fazei que lhes seja filho amoroso e obediente. 
Recompensai-lhes todos os sacrifícios, trabalhos e cuidados, que por minha causa têm suportado e retribui-lhes todo o bem que me fizeram no corpo e na alma, pois eu por mim não posso pagar-lhes tudo isto. 
Conservai-lhes uma longa vida no gozo de perfeita saúde do corpo e da alma. Deixai-os participar da benção copiosa, que derramastes sobre os patriarcas. 
Fazei-os crescer na virtude e prosperar em tudo, que por vossa honra empenharem, a fim de que um dia tornemos a ver-nos no céu, para cantar os vossos louvores por todos os séculos dos séculos.
  Amém

Fonte: http://www.catequisar.com.br/

Bíblia e a missão


sexta-feira, 12 de agosto de 2016

ORAÇÃO DE SANTA CLARA



Clara, santa cheia de claridade,
Irmã de São Francisco de Assis,

Intercede pelos teus devotos
Que querem ser puros e transparentes.
Teu nome e teu ser
Exalam o perfume das coisas inteiras
E o frescor do que é novo e renovado.
Clareia os caminhos tortuosos
Daqueles que se embrenham
Na noite do próprio egoísmo
E nas trevas do isolamento.
Clara, irmã de São Francisco,
Coloca em nossos corações
A paixão pela simplicidade,
A sede pela pobreza,
A ânsia pela contemplação.
Te suplico, Irmã Lua,
Que junto ao Sol de Assis
No mesmo céu refulge,
Alcança-nos a graça que,
Confiantes vos pedimos.
Santa Clara, ilumina os passos
Daqueles que buscam a claridade!
Amém!

Amada Santa Clara, olhai pelas crianças e adolescentes que vivem na escuridão do abuso, da violência e do abandono. 

Dia de Santa Clara de Assis - 11 de agosto

Fonte:http://www.franciscanos.org.br/


terça-feira, 9 de agosto de 2016

Mensagem de sua Santidade o Papa Bento XVI para dia mundial das Missões 2007

Olá caríssimos missionários, 

Hoje vamos refletir sobre a mensagem que Papa Bento XVI, escreveu para dia mundial das missões de 2007.

Texto na íntegra:

"Todas as Igrejas para o mundo inteiro"

Queridos irmãos e irmãs!

Por ocasião do próximo Dia Missionário Mundial gostaria de convidar todo o povo de Deus Pastores, sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos para uma reflexão comum sobre a urgência e a importância que reveste, também neste nosso tempo, a acção missionária da Igreja. De facto, não cessam de ecoar, como chamada universal e apelo urgente, as palavras com as quais Jesus Cristo, crucificado e ressuscitado antes de subir ao Céu, confiou aos Apóstolos o mandamento missionário:  "Ide, pois, ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo ensinando-as a cumprir tudo quanto vos tenho mandado". E acrescentou:  "Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo" (Mt 28, 19-20). 

Na empenhativa obra de evangelização ampara-nos e acompanha-nos a certeza de que Ele, o dono da messe, está connosco e guia incessantemente o seu povo. É Cristo a fonte inexaurível da missão da Igreja. Este ano, além disso, um ulterior motivo nos estimula a um renovado compromisso missionário:  de facto celebra-se o 50º aniversário da Encíclica do Servo de Deus Pio XII Fidei donum, com a qual foi promovida e encorajada a cooperação entre as Igrejas para a missão ad gentes.

"Todas as Igrejas para o mundo inteiro":  é este o tema escolhido para o próximo Dia Missionário Mundial. Ele convida as Igrejas locais de cada Continente a uma partilhada consciência sobre a urgente necessidade de relançar a acção missionária perante os numerosos e graves desafios do nosso tempo. Certamente são diferentes as condições em que vive a humanidade, e nestes decénios foi realizado um grande esforço para a difusão do Evangelho, especialmente a partir do Concílio Vaticano II. 

Contudo, permanece ainda muito a fazer para responder ao apelo missionário que o Senhor nunca se cansa de fazer a cada baptizado. Ele continua a convidar, em primeiro lugar, as Igrejas chamadas de antiga tradição, que no passado forneceram às missões, além dos meios materiais, também um número consistente de sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, dando vida a uma eficaz cooperação entre comunidades cristãs. 

Desta cooperação surgiram abundantes frutos apostólicos quer para as jovens Igrejas em terras de missão, quer para as realidades eclesiais de onde provinham os missionários. Perante o progredir da cultura secularizada, que por vezes parece invadir cada vez mais as sociedades ocidentais, considerando além disso a crise da família, a diminuição das vocações e o progressivo envelhecimento do clero, estas Igrejas correm o risco de se fecharem em si mesmas, de olhar com pouca esperança para o futuro e de diminuir o seu esforço missionário. Mas é precisamente este o momento de se abrir com confiança à Providência de Deus, que jamais abandona o seu povo e que, com o poder do Espírito Santo, o guia para o cumprimento do seu desígnio eterno de salvação.

O Bom Pastor convida a dedicar-se generosamente à missio ad gentes também as Igrejas de recente evangelização. Mesmo encontrando não poucas dificuldades e obstáculos no seu desenvolvimento, estas comunidades estão em crescimento constante. Algumas felizmente abundam de sacerdotes e de pessoas consagradas, não poucos dos quais, mesmo sendo tantas as necessidades in loco, são contudo enviados para desempenhar o seu ministério pastoral e o seu serviço apostólico noutras partes, também nas terras de antiga evangelização. 

Assiste-se desta forma a um providencial "intercâmbio de dons", que redunda em benefício para todo o corpo místico de Cristo. Desejo fervorosamente que a cooperação missionária se intensifique, valorizando as potencialidades e os carismas de cada um. Além disso, espero que o Dia Missionário Mundial contribua para tornar cada vez mais conscientes todas as comunidades cristãs e cada baptizado que a chamada de Cristo é universal para propagar o seu Reino até aos extremos confins do planeta. "A Igreja é por sua natureza missionária escreve João Paulo II na Encíclica Redemptoris missioporque o mandato de Cristo não é algo contingente e exterior, mas atinge o próprio coração da Igreja. Segue-se daí que a Igreja toda e cada uma das Igrejas são enviadas aos não-cristãos. Mesmo as Igrejas jovens... devem participar quanto antes e de facto na missão universal da Igreja, enviando também elas, por todo o mundo, missionários a pregar o Evangelho, mesmo se sofrem escassez de clero" (n. 61).

Cinquenta anos do histórico apelo do meu predecessor Pio XII com a Encíclica Fidei donum para uma cooperação entre as Igrejas ao serviço da missão, gostaria de recordar que o anúncio do Evangelho continua a revestir as características da actualidade e da urgência. Na mencionada Encíclica Redemptoris missio, o Papa João Paulo II, por seu lado, reconhecia que "a missão da Igreja é mais vasta que a "comunhão entre as Igrejas"; ela deve estar orientada também e sobretudo no sentido da missionariedade específica" (n. 65). O compromisso missionário permanece portanto, como foi várias vezes recordado, o primeiro serviço que a Igreja deve à humanidade de hoje, para orientar e evangelizar as transformações culturais, sociais e éticas; para oferecer a salvação de Cristo ao homem do nosso tempo, em tantas partes do mundo humilhado e oprimido por causa de pobrezas endémicas, de violência e de negação sistemática dos direitos humanos.

A esta missão universal a Igreja não se pode subtrair; ela constitui para a Igreja uma força constrangedora. Tendo Cristo confiado em primeiro lugar a Pedro e aos Apóstolos o mandato missionário, ela compete hoje antes de tudo ao Sucessor de Pedro, que a Providência divina escolheu como fundamento visível da unidade da Igreja, e aos Bispos directamente responsáveis da evangelização quer como membros do Colégio episcopal, quer como Pastores das Igrejas particulares (cf. Redemptoris missio, 63). Portanto, dirijo-me aos Pastores de todas as Igrejas colocados pelo Senhor como guias do seu único rebanho, para que partilhem a preocupação do anúncio e da difusão do Evangelho. Foi precisamente esta preocupação que estimulou, há cinquenta anos, o Servo de Deus Pio XII a tornar a cooperação missionária mais correspondente às exigências dos tempos. 

Especialmente perante as perspectivas da evangelização ele pediu às comunidades de antiga evangelização que enviassem sacerdotes em apoio das Igrejas de recente formação. Deu assim vida a um novo "sujeito missionário" que, desde as primeiras palavras da Encíclica, tirou precisamente o nome de "Fidei donum". Em relação a isto escreveu:  "Considerando por um lado as multidões sem conta de filhos nossos que, sobretudo nos Países de antiga tradição cristã, participam do bem da fé, e por outro a multidão ainda mais numerosa dos que ainda aguardam a mensagem da salvação, sentimos o ardente desejo de vos exortar, Veneráveis Irmãos, a amparar com o vosso zelo a causa santa da expansão da Igreja no mundo".

E acrescentou:  "Queira Deus que após o nosso apelo o espírito missionário penetre mais profundamente no coração de todos os sacerdotes e, através do seu ministério, inflame todos os fiéis"(AAS XLIX 1957, 226).
Demos graças ao Senhor pelos frutos abundantes obtidos por esta cooperação missionária em África e noutras regiões da terra. Multidões de sacerdotes, depois de terem deixado as comunidades de origem, dedicaram as suas energias apostólicas ao serviço de comunidades acabadas de surgir, em zonas de pobreza e em vias de desenvolvimento. Entre eles encontram-se não poucos mártires que, ao testemunho da palavra e à dedicação apostólica, uniram o sacrifício da vida. 

Também não podemos esquecer os numerosos religiosos, religiosas e leigos voluntários que, juntamente com os presbíteros, se prodigalizaram para difundir o Evangelho até aos extremos confins do mundo. O Dia Missionário Mundial seja ocasião para recordar na oração estes nossos irmãos e irmãs na fé e quantos continuam a prodigalizar-se no vasto campo missionário. Peçamos a Deus que o seu exemplo suscite em toda a parte novas vocações e uma renovada consciência missionária no povo cristão. De facto, cada comunidade cristã nasce missionária, e é precisamente com base na coragem de evangelizar que se mede o amor dos crentes para com o Senhor. 

Poderíamos dizer que, para cada um dos fiéis, não se trata simplesmente de colaborar na actividade  de evangelização, mas de se sentir eles mesmos protagonistas e co-responsáveis da missão da Igreja. Esta co-responsabilidade exige que cresça a comunhão entre as comunidades e se incremente a ajuda recíproca no que diz respeito quer ao pessoal (sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos voluntários) quer ao uso dos meios hoje necessários para evangelizar.

Queridos irmãos e irmãs, o mandato missionário confiado por Cristo aos Apóstolos diz respeito verdadeiramente a todos nós. O Dia Missionário Mundial seja portanto ocasião propícia para tomar mais profunda consciência e para elaborar juntos itinerários espirituais e formativos apropriados que favoreçam a cooperação entre as Igrejas e a preparação de novos missionários para a difusão do Evangelho neste nosso tempo. Contudo não esqueçamos que o primeiro e prioritário contributo, que somos chamados a oferecer à acção missionária da Igreja, é a oração.

"A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos diz o Senhor . Pedi, portanto, ao dono da messe para que mande trabalhadores para a sua messe" (Lc 10, 2). "Em primeiro lugar escrevia há cinquenta anos o Papa Pio XII de venerada memória rezai pois, Veneráveis Irmãos, rezai mais. Recordai-vos das imensas necessidades espirituais de tantos povos ainda tão distantes da verdadeira fé ou privados de socorros para perseverar nela" (AAS, cit. p. 240). E exortava a multiplicar as Missas celebradas pelas Missões, observando que "isso responde ao desejo do Senhor, que ama a sua Igreja e a quer extensa e florescente em todos os ângulos da terra" (Ibid., p. 239).

Queridos irmãos e irmãs, renovo também eu este convite sempre muito actual. Propague-se em todas as comunidades a coral invocação ao "Pai nosso que está no céu", para que venha o seu reino à terra. Faço apelo sobretudo às crianças e aos jovens, sempre prontos para generosos impulsos missionários. Dirijo-me aos doentes e aos sofredores, recordando o valor da sua misteriosa e indispensável colaboração na obra da salvação. Peço às pessoas consagradas e especialmente aos mosteiros de clausura que intensifiquem a sua oração pelas missões. Graças ao compromisso de cada crente, alargue-se em toda a Igreja a rede espiritual da oração em favor da evangelização. 

A Virgem Maria, que acompanhou com solicitude materna o caminho da Igreja nascente, guie os nossos passos também nesta nossa época e nos obtenha um novo Pentecostes de amor. Em particular, torne-nos conscientes de que todos somos missionários, isto é, enviados pelo Senhor a ser suas testemunhas em todos os momentos da nossa existência. 

Aos sacerdotes "Fidei donum", aos religiosos, às religiosas, aos leigos voluntários comprometidos nas fronteiras da evangelização, assim como a quantos de vários modos se dedicam ao anúncio do Evangelho garanto uma recordação na minha oração, e concedo com afecto a todos a Bênção Apostólica.

Vaticano, 27 de Maio de 2007, Solenidade de Pentecostes.

BENEDICTUS PP. XVI

Fonte: https://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/messages/missions/documents/hf_ben-xvi_mes_20070527_world-mission-day-2007.html

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

ÁFRICA/NIGÉRIA - 240 mil crianças com desnutrição aguda devido à crise humanitária causada por Boko Haram

Abuja (Agência Fides) – Por causa do agravamento da situação humanitária, devido ao conflito com o grupo jihadista Boko Haram, mais de 240 mil crianças sofrem de desnutrição aguda e têm elevado índice de morte no Estado de Borno, nordeste da Nigéria. Segundo estimativas da Agência das Nações Unidas para a Infância, das 244 mil crianças atingidas, quase 50 mil poderão morrer se não receberem assistência rapidamente. “Em média, morrerão 134 crianças por dia por causas relacionadas com a desnutrição aguda, se a resposta não aumentar rapidamente”, consta na nota de imprensa do diretor regional do Unicef para a África Ocidental e Central, recebida pela Fides. 
A crise alimentar na região se torna sempre mais evidente porque as tropas da força multinacional estão conquistando o controle dos territórios dominados por Boko Haram e que agora se tornam mais acessíveis às ajudas humanitárias. Os lugares hoje praticáveis apresentam cenas desoladoras: cidades completamente destruídas com pessoas desalojadas e sem condições higiênicas adequadas, água ou alimentos. As organizações humanitárias infelizmente ainda não têm acesso a quase duas milhões de pessoas que vivem em áreas inseguras. Em sete anos de conflito, Boko Haram causou a morte de mais de 12 mil pessoas, segundo dados do governo. Outras fontes apontam que o número é na realidade quase o dobro e que mais de 2,5 milhões de pessoas foram obrigadas a fugir de suas casas. (AP) (20/7/2016 Agência Fides) 


Fonte: http://www.fides.org/pt

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

ORAÇÃO PELA SAÚDE



Dia 5 de agosto - dia Nacional da Saúde. 
Nossa Senhora da saúde interceda por das as crianças e adolescentes doentes do mundo!
Nossa Senhora da Saúde pedimos neste momento saúde aos enfermos. Sê o refúgio dos entes e a consoladora dos aflitos. Ó mãe, Nossa Senhora da Saúde, clamamos a Tua intercessão pelos doentes. Junto a Teu Filho Jesus intercede por aqueles que se encontram acamados, enfermos e desanimados em suas enfermidades físicas.
Nossa senhora, mãe intercessora da saúde, intercede junto a Teu Filho também por aqueles que passam por enfermidades emocionais e espirituais. Jesus que passaste pelo mundo fazendo o bem, liberta aqueles que sofrem com a enfermidade emocional, a angústia, o medo, o desespero, a depressão, a ansiedade e tantos transtornos psíquicos.
Jesus liberta-os destas enfermidades e cura as feridas que causam este mal. Jesus por intercessão de Nossa Senhora da Saúde, faze com que os doentes acamados e debilitados, não desanimem. Que tenham sempre a confiança em Vós Senhor Jesus. Dá sabedoria aos médicos e a todos aos que servem aos enfermos: enfermeiros, cuidadores. Olha de modo especial pela pessoa enferma no corpo, mas também pela pessoa enferma na sua vida interior. Que tenha confiança e paciência, fé e coragem para vencer os momentos de desesperança e angústia. Amém.

Fonte: http://www.padrereginaldomanzotti.org.br/

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Mensagem de sua Santidade o Papa Bento XVI para dia mundial das Missões 2008

Olá caríssimos missionários, 

Hoje vamos refletir sobre a mensagem que Papa Bento XVI, escreveu para dia mundial das missões de 2008.

Texto na íntegra:


"Servos e apóstolos de Jesus Cristo"

Queridos irmãos e irmãs

Por ocasião do Dia Missionário Mundial, gostaria de vos convidar a reflectir acerca da urgência que subsiste em anunciar o Evangelho inclusivamente nesta nossa época. O mandato missionário continua a constituir uma prioridade absoluta para todos os baptizados, chamados a ser "servos e apóstolos de Jesus Cristo" neste início de milénio. O meu venerado Predecessor, o Servo de Deus Paulo VI, já afirmava na Exortação Apostólica Evangelii nuntiandique "evangelizar constitui, de facto, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade" (n. 14). 

Como modelo deste compromisso apostólico, apraz-me indicar particularmente São Paulo, o Apóstolo das nações, uma vez que no corrente ano celebramos um Jubileu especial a ele dedicado. Trata-se do Ano Paulino, que nos oferece a oportunidade de familiarizar com este insigne Apóstolo, que recebeu a vocação de proclamar o Evangelho aos gentios, em conformidade com quanto o Senhor lhe tinha prenunciado: "Vai! É para longe, é para junto dos pagãos que Eu te hei-de enviar" (Act 22, 21). 

Como deixar de aproveitar a oportunidade oferecida por este Jubileu especial às Igrejas locais, às comunidades cristãs e a cada um dos fiéis separadamente, para propagar até aos extremos confins do mundo "o anúncio do Evangelho, força de Deus para a salvação de todo aquele que acredita" (cf. Rm 1, 16)?

1. A humanidade tem necessidade de libertação
A humanidade tem necessidade de ser libertada e redimida. A própria criação afirma São Paulo sofre e nutre a esperança de entrar na liberdade dos filhos de Deus (cf. Rm 8, 19-22). Estas palavras são verdadeiras também no mundo de hoje. A criação sofre. A humanidade sofre e espera a verdadeira liberdade, aguarda um mundo diferente, melhor; espera a "redenção". E, em última análise, sabe que este novo mundo esperado supõe um homem novo, supõe "filhos de Deus". Vejamos mais de perto a situação do mundo de hoje. Se, por um lado, o panorama internacional apresenta perspectivas de um desenvolvimento económico e social promissor, por outro, chama a nossa atenção para algumas graves preocupações no que diz respeito ao próprio porvir do homem. 

Em não poucos casos, a violência caracteriza os relacionamentos entre os indivíduos e os povos; a pobreza oprime milhões de habitantes; as discriminações e às vezes até as perseguições por motivos raciais, culturais e religiosos impelem numerosas pessoas a escapar dos seus países para procurar refúgio e salvaguarda alhures; quando não tem como finalidade a dignidade e o bem do homem, quando não tem em vista um desenvolvimento solidário, o progresso tecnológico perde a sua potencialidade de factor de esperança e, ao contrário, corre o risco de agravar os desequilíbrios e as injustiças já existentes. 

Além disso, há uma ameaça constante no que se refere à relação homem-meio ambiente, devido ao uso indiscriminado dos recursos, com repercussões sobre a própria saúde física e mental do ser humano. Depois, o futuro do homem é posto em risco pelos atentados contra a sua vida, atentados estes que adquirem várias formas e modalidades.
Diante deste cenário, "sentimos o peso da inquietação, agitados entre a esperança e a angústia" (Constituição Gaudium et spes,4) e, preocupados, interrogamo-nos: o que será da humanidade e da criação? Existe esperança para o futuro, ou melhor, há um futuro para a humanidade? E como será este futuro? 

A resposta a estas interrogações provêm-nos do Evangelho. Cristo é o nosso futuro e, como escrevi na Carta Encíclica Spe salvi, o seu Evangelho é a comunicação que "transforma a vida", incute a esperança, abre de par em par as portas obscuras do tempo e ilumina o porvir da humanidade e do universo (cf. n. 2). São Paulo compreendeu bem que somente em Cristo a humanidade pode encontrar a redenção e a esperança. Por isso, sentia impelente e urgente a missão de "anunciar a promessa da vida em Jesus Cristo" (2 Tm 1, 1), "nossa esperança" (1 Tm 1, 1), a fim de que todos os povos possam participar na mesma herança e tornar-se partícipes da promessa por meio do Evangelho (cf. Ef 3, 6). Ele estava consciente de que, desprovida de Cristo, a humanidade permanece "sem esperança e sem Deus no mundo (Ef 2, 12) sem esperança porque sem Deus" (Spe salvi3). Com efeito, "quem não conhece Deus, mesmo podendo ter muitas esperanças, no fundo está sem esperança, sem a grande esperança que sustenta toda a vida (cf. Ef 2, 12)" (Ibid., n. 27).

2. A Missão é uma questão de amor
Por conseguinte, anunciar Cristo e a sua mensagem salvífica constitui um dever premente para todos. "Ai de mim afirmava São Paulo se eu não anunciar o Evangelho!" (1 Cor 9, 16). No caminho de Damasco, ele tinha experimentado e compreendido que a redenção e a missão são obra de Deus e do seu amor. O amor de Cristo levou-o a percorrer os caminhos do Império Romano como arauto, apóstolo, anunciador e mestre do Evangelho, do qual se proclamava "embaixador aprisionado" (Ef 6, 20). A caridade divina tornou-o "tudo para todos, a fim de salvar alguns a qualquer custo" (1 Cor 9, 22). 

Considerando a experiência de São Paulo, compreendemos que a actividade missionária é a resposta ao amor com que Deus nos ama. O seu amor redime-nos e impele-nos rumo à missio ad gentes; é a energia espiritual capaz de fazer crescer na família humana a harmonia, a justiça, a comunhão entre as pessoas, as raças e os povos, à qual todos aspiram (cf. Carta Encíclica Deus caritas est12). Portanto é Deus, que é amor, quem conduz a Igreja rumo às fronteiras da humanidade e quem chama os evangelizadores a beberem "da fonte primeira e originária que é Jesus Cristo, de cujo Coração trespassado brota o amor de Deus" (Deus caritas est7). 

Somente deste manancial se podem haurir a atenção, a ternura, a compaixão, o acolhimento, a disponibilidade e o interesse pelos problemas das pessoas, assim como aquelas outras virtudes necessárias para que os mensageiros do Evangelho deixem tudo e se dediquem completa e incondicionalmente a difundir no mundo o perfume da caridade de Cristo.

3. Evangelizar sempre
Enquanto a primeira evangelização em não poucas regiões do mundo permanece necessária e urgente, a escassez de clero e a falta de vocações afligem hoje várias Dioceses e Institutos de vida consagrada. É importante reiterar que, mesmo na presença de dificuldades crescentes, o mandato de Cristo de evangelizar todos os povos permanece uma prioridade. Nenhuma razão pode justificar uma sua diminuição ou uma sua interrupção, dado que "a tarefa de evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja" (Paulo VI, Exortação Apostólica Evangelii nuntiandi14). 

Esta missão "ainda está no começo e devemos empenhar-nos com todas as forças no seu serviço" (João Paulo II, Carta Encíclica Redemptoris missio1). Como deixar de pensar aqui no Macedónio que, tendo aparecido em sonho a Paulo, clamava: "Vem à Macedónia e ajuda-nos"? Hoje são inúmeros aqueles que esperam o anúncio do Evangelho, aqueles que se sentem sequiosos de esperança e de amor. Quantos se deixam interpelar profundamente por este pedido de ajuda que se eleva da humanidade, abandonam tudo por Cristo e transmitem aos homens a fé e o amor por Ele! (cf. Spe salvi8).

4. "Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!" (1 Cor 9, 16)
Caros irmãos e irmãs, "duc in altum"! Façamo-nos ao largo no vasto mar do mundo e, aceitando o convite de Jesus, lancemos as redes sem temor, confiantes na sua ajuda constante. São Paulo recorda-nos que anunciar o Evangelho não é um título de glória (cf. 1 Cor 9, 16), mas uma tarefa e uma alegria. Estimados irmãos Bispos, seguindo o exemplo de Paulo, cada um se sinta "prisioneiro de Cristo em favor dos pagãos" (Ef 3, 1), consciente de que nas dificuldades e nas provações pode contar com a força que dele nos provém. O Bispo é consagrado não apenas para a sua diocese, mas para a salvação do mundo inteiro (cf. Carta Encíclica Redemptoris missio63). 

Como o Apóstolo Paulo, ele é chamado a ir ao encontro daqueles que estão distantes, dos que ainda não conhecem Cristo, ou que ainda não experimentaram o seu amor libertador; o seu compromisso consiste em tornar missionária toda a comunidade diocesana, contribuindo de bom grado, em conformidade com as possibilidades, para destinar presbíteros e leigos a outras Igrejas, para o serviço da evangelização. Assim, a missio ad gentes torna-se o princípio unificador e convergente de toda a sua actividade pastoral e caritativa.

Vós, queridos presbíteros, primeiros colaboradores dos Bispos, sede pastores generosos e evangelizadores entusiastas! Não poucos de vós, ao longo destas décadas, partiram para os territórios de missão, a seguir à Carta Encíclica Fidei donumcujo 50º aniversário há pouco comemorámos, e com a qual o meu venerado Predecessor o Servo de Deus Pio XII deu impulso à cooperação entre as Igrejas. Formulo votos a fim de que não definhe esta tensão missionária nas Igrejas locais, apesar da escassez de clero que aflige não poucas delas.
E vós, amados religiosos e religiosas, caracterizados por vocação por uma forte conotação missionária, levai o anúncio do Evangelho a todos, especialmente aos que estão distantes, mediante um testemunho coerente de Cristo e um seguimento radical do seu Evangelho.

Todos vós, prezados fiéis leigos que trabalhais nos diversos âmbitos da sociedade, sois chamados a participar na difusão do Evangelho de maneira cada vez mais relevante. Assim, abre-se diante de vós um areópago complexo e multifacetado a ser evangelizado: o mundo. Dai testemunho com a vossa própria vida, do facto de que os cristãos "pertencem a uma sociedade nova, rumo à qual caminham e que, na sua peregrinação, é antecipada" (Spe salvi, 4).

5. Conclusão
Caros irmãos e irmãs, a celebração do Dia Missionário Mundial encoraje todos vós a tomar uma renovada consciência da urgente necessidade de anunciar o Evangelho. Não posso deixar de relevar com profundo apreço a contribuição das Pontifícias Obras Missionárias para a acção evangelizadora da Igreja. Agradeço-lhes o apoio que oferecem a todas as Comunidades, de maneira especial às mais jovens. Elas constituem um válido instrumento para animar e formar missionariamente o Povo de Deus e alimentam a comunhão de pessoas e de bens entre os vários membros do Corpo místico de Cristo. 

A colecta, que no Dia Missionário Mundial se realiza em todas as paróquias, seja um sinal de comunhão e de solicitude recíproca entre as Igrejas. Enfim, que no povo cristão se intensifique cada vez mais a oração, meio espiritual indispensável para difundir no meio de todos os povos a luz de Cristo, "a luz por antonomásia" que resplandece sobre "as trevas da história" (Spe salvi, 49). Enquanto confio ao Senhor a obra apostólica dos missionários, das Igrejas espalhadas pelo mundo e dos fiéis comprometidos em várias actividades missionárias, invocando a intercessão do Apóstolo Paulo e de Maria Santíssima, "Arca da Aliança viva", Estrela da evangelização e da esperança, concedo a todos a Bênção apostólica.

Vaticano, 11 de Maio de 2008.


PAPA BENTO XVI

Fonte: https://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/messages/missions/documents/hf_ben-xvi_mes_20080511_world-mission-day-2008.html

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

AMÉRICA/HONDURAS - Educar as crianças aos valores morais através da música


El Progreso (Agência Fides) - Com o propósito de aproximar os menores da música e educá-los aos valores humanitários como o respeito, a tolerância e a paz, acaba de ser lançado em El Progreso, departamento hondurenho de Yoro, o projeto denominado “Descobrindo as minhas habilidades artísticas”. A iniciativa foi realizada através do Programa Municipal para a Infância, a Adolescência e a Juventude (Pmiaj-Comvida), e consiste num curso intensivo de música que inclui lições de piano, violão e flauta, além de colóquios sobre o reforço da liderança. As lições são gratuitas e atualmente usufruem delas 420 crianças de várias escolas. 
(AP) (20/7/2016 Agência Fides)



Fonte: http://www.fides.org/pt