quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

TESTEMUNHO: Haiti recebe mais duas missionárias: Ir. Zenaide e Ir. Vanderleia

A comunidade intercongregacional do Haiti vai receber mais duas missionárias brasileiras: Ir. Zenaide Laurentina Mayer, da Congregação das Irmãs Franciscanas de São José, que foi enviada dia 27 de outubro, durante Celebração Eucarística realizada na Sede da Conferência dos Bispos do Brasil – CNBB. 
A outra religiosa é Irmã Vanderleia Correa de Melo, da Congregação das Franciscanas de Cristo Rei. Desde o terremoto que assolou o Haiti em 2010, a Conferência dos Religiosos do Brasil tomou a iniciativa de enviar missionárias, por meio da Igreja. “A colheita é grande e os operários são poucos. A vida da gente só tem sentido quando doada por grandes causas e esta missão é uma delas”, disse com brilho nos olhos a Irmã Vanderleia, paranaense de Mariópolis. A irmã tem dezessete anos de Vida Consagrada. 
Há seis anos realiza trabalho pastoral em assentamentos, fazendas e pastoral da criança, na cidade de Cocalinho – MT. Sua expectativa para esta nova missão é que haja troca e experiências e interação com a cultura haitiana. A resposta positiva de outras missionárias que partiram em missão para o Haiti, foi segundo a religiosa, o grande incentivo para que ela pudesse dizer sim agora. “Esse é o tempo oportuno para mim”, afirma. 
Formada em artes plásticas e pedagia Vanderleia, assumirá, a partir de março de 2016, projetos relativos ao trabalho com crianças, jovens, formação e alfabetização. A outra religiosa é Ir. Zenaide, catarinense de Presidente Getúlio. “Vou por causa da minha paixão por ser missionária. 
Minha vocação nasceu do chamado de uma outra irmã à missão ainda na minha infância. Isso me levou para a Congregação. 
Minha vocação é religiosa e missionária, embora nunca tenha pensado em missão ad gentes mas agora será. Desde que a CRB abriu o projeto eu já sentia vontade de ir em missão”, explica ela. 
Sobre suas expectativas em relação à missão, Ir. Zenaide diz não estar pensando no como será. “Tenho este impulso de ir, aberta a realidade. Expectativa de conviver e dentro da realidade, o que é possível, ajudar e colaborar”. Formada em psicologia, psicopedagogia e teologia, Irmã Zenaide trabalha como psicóloga e psicopedagoga na área social, projetos sociais, atendendo a famílias, adultos, jovens, crianças, com dificuldades de aprendizagem em questão relacional. “Sempre trabalhei nesta área com os pobres”, relata. A presidente nacional da CRB, Irmã Maria Inês Vieira Ribeiro falou sobre o significado do envio de mais duas religiosas. 
"O primeiro sentimento é de vitalidade da missão que continua despertando pessoas generosas, corajosas, para um país da América Latina que ainda clama por mais vida, mais dignidade. Justamente esta comunhão, – não que o Brasil seja melhor que o Haiti, que é um país de uma cultura maravilhosa, um povo alegre - quando enviamos missionárias para darem-se a si mesmas em missão, elas acabam recebendo e se tornam mais sensíveis com os pobres. 
Esse encontro é de servi- ço. O lugar da vida religiosa é onde a vida mais clama, que é o grande slogan da nossa vida consagrada na América Latina" - enfatizou. Zilda Arns - A primeira missionária mártir Tudo começou com uma conversa da então presidente da CRB Nacional, Irmã Márian Ambrósio com a doutora Zilda Arns, que tinha um projeto eficaz reconhecido pela sociedade brasileira de trabalho na pastoral da criança. 
Doutora Zilda curou a muitos menores em situações de periferia, aqui no Brasil, com o seu reconhecido e milagroso soro caseiro. Convencida de que o convite de Irmã Márian, de abrir a pastoral do menor no Haiti seria de grande valor para aquele povo, doutora Zilda partiu para nunca mais retornar à sua terra natal, o Brasil. Disse “sim” e apenas tinha chegado, aconteceu o terremoto que dizimou milhares de haitianos e levou para sempre Zilda. 
Em processo de beatificação, com certeza será ela a intercessora desta nobre causa, pela qual ela deu a vida.

Fonte: http://www.pom.org.br/download/jornal/jpm_41_nov_2015.pdf

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