A comunidade intercongregacional do Haiti
vai receber mais duas missionárias brasileiras: Ir.
Zenaide Laurentina Mayer, da Congregação das Irmãs
Franciscanas de São José, que foi enviada dia
27 de outubro, durante Celebração Eucarística realizada
na Sede da Conferência dos Bispos do Brasil –
CNBB.
A outra religiosa é Irmã Vanderleia Correa de
Melo, da Congregação das Franciscanas de Cristo
Rei.
Desde o terremoto que assolou o Haiti em
2010, a Conferência dos Religiosos do Brasil tomou
a iniciativa de enviar missionárias, por meio da
Igreja.
“A colheita é grande
e os operários são
poucos. A vida da gente
só tem sentido quando
doada por grandes causas
e esta missão é uma
delas”, disse com brilho
nos olhos a Irmã
Vanderleia, paranaense
de Mariópolis. A irmã
tem dezessete anos de
Vida Consagrada.
Há
seis anos realiza trabalho
pastoral em assentamentos,
fazendas e pastoral da criança, na cidade
de Cocalinho – MT. Sua expectativa para esta
nova missão é que haja troca e experiências e
interação com a cultura haitiana.
A resposta positiva de outras missionárias que
partiram em missão para o Haiti, foi segundo a religiosa,
o grande incentivo para que ela pudesse dizer
sim agora. “Esse é o tempo oportuno para mim”,
afirma.
Formada em artes plásticas e pedagia
Vanderleia, assumirá, a partir de março de 2016,
projetos relativos ao trabalho com crianças, jovens,
formação e alfabetização.
A outra religiosa é Ir. Zenaide, catarinense
de Presidente Getúlio. “Vou por causa da minha paixão
por ser missionária.
Minha vocação nasceu do
chamado de uma outra irmã à missão ainda na minha
infância. Isso me levou para a Congregação.
Minha vocação é religiosa e missionária, embora
nunca tenha pensado em missão ad gentes mas agora
será. Desde que a CRB abriu o projeto eu já sentia
vontade de ir em missão”, explica ela.
Sobre suas expectativas em relação à missão,
Ir. Zenaide diz não estar pensando no como
será. “Tenho este impulso de ir, aberta a realidade.
Expectativa de conviver e dentro da realidade, o
que é possível, ajudar e colaborar”.
Formada em psicologia, psicopedagogia e teologia, Irmã Zenaide trabalha
como psicóloga e psicopedagoga
na área social,
projetos sociais, atendendo
a famílias, adultos, jovens,
crianças, com dificuldades
de aprendizagem em questão
relacional. “Sempre
trabalhei nesta área com
os pobres”, relata.
A presidente nacional
da CRB, Irmã Maria Inês
Vieira Ribeiro falou sobre o
significado do envio de mais
duas religiosas.
"O primeiro sentimento é de vitalidade
da missão que continua despertando pessoas
generosas, corajosas, para um país da América Latina
que ainda clama por mais vida, mais dignidade.
Justamente esta comunhão, – não que o Brasil
seja melhor que o Haiti, que é um país de uma cultura
maravilhosa, um povo alegre - quando enviamos
missionárias para darem-se a si mesmas em
missão, elas acabam recebendo e se tornam mais
sensíveis com os pobres.
Esse encontro é de servi-
ço. O lugar da vida religiosa é onde a vida mais
clama, que é o grande slogan da nossa vida consagrada
na América Latina" - enfatizou.
Zilda Arns - A primeira missionária mártir
Tudo começou com uma conversa da então
presidente da CRB Nacional, Irmã Márian Ambrósio
com a doutora Zilda Arns, que tinha um projeto
eficaz reconhecido pela sociedade brasileira de trabalho
na pastoral da criança.
Doutora Zilda curou a
muitos menores em situações de periferia, aqui no
Brasil, com o seu reconhecido e milagroso soro caseiro.
Convencida de que o convite de Irmã Márian,
de abrir a pastoral do menor no Haiti seria de grande
valor para aquele povo, doutora Zilda partiu para
nunca mais retornar à sua terra natal, o Brasil. Disse
“sim” e apenas tinha chegado, aconteceu o terremoto
que dizimou milhares de haitianos e levou
para sempre
Zilda.
Em processo
de beatificação,
com
certeza será ela
a intercessora
desta nobre
causa, pela
qual ela deu a
vida.
Fonte: http://www.pom.org.br/download/jornal/jpm_41_nov_2015.pdf
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