quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

TESTEMUNHO : Novo ardor na vida missionária em Cuamba, Moçambique

A vida missionária na paróquia São Miguel Arcanjo em Cuamba, Moçambique e na paróquia São José em Mitucue, prossegue com muito ardor A comunidade das missionárias brasileiras Raí Soares, Elza Santos e da leiga Celia Cota está muito atarefada com as atividades junto à paróquia. Informa Raí Soares que a paróquia tem uma obra chamada Centro Nutricional José Alamano, dos padres da Consolata, que é um espaço de recuperação de crianças mal nutridas, onde damos apoio na pesagem das crianças, orientação aos familiares e ajuda com leite. As atividades são as mais diversas. 
Somente com a infância missionária são mais de 1600 crianças. Porém, outros serviços são feitos como com os vocacionados, que são 26 jovens; o acompanhamento ao dízimo; assessoria à equipe econômica da diocese e o apoio à pastoral de saúde. 
No trabalho social há um acompanhamento com as escolinhas para idosos; apoio a idosos com horta; corte e costura para mulheres e jovens. Também como Professora na escola secundária Padre Eugenio Menegon – uma escola universitária da Diocese de Lichinga e coordenadora acadêmica dos cursos de mestrados e licenciaturas nos finais de semana na Universidade Católica de Moçambique – Faculdade de Agricultura. Na comunidade de Mitucue também são realizados trabalhos com crianças, mulheres, jovens e adultos. 
No dia a dia são muitos os fatos que acontecem na vida de uma missionária. Raí descreve alguns, que muitas vezes não consegue entender. Por exemplo: Odir, odir, odir (licença) alguém sempre vem a nossa casa à procura de algo como: emprego, comida, dinheiro, remédio, caderno, caneta... 
Na escola, os estudantes sempre dão desculpa que faltaram porque estavãm com dor de cabeça, ou alguém na familia ou vizinho perdeu a vida (morreu), ou estava de baixa (internado no hospital) para justificar a perda de uma avaliação. Quando viaja-se de carro, alguém a faz parar e pergunta: Pra onde a viagem? se eu tivesse sabido, poderia aproveitar para passear ou conhecer o tal lugar. 

Todos querem boleia (carona) não importa pra onde. 
Contam seus problemas com muitos detalhes e depois acham que temos obrigação de ajudá-los e não entendem se dissermos não. Uma vez um papa (senhor) me disse: vocês brancos tem muito dinheiro, eu respondi: não temos. Nós temos que trabalhar para conseguir alguma coisa. Ele respondeu: não acreditamos, nós não conseguimos perceber (entender). Duas perguntas: -Quais são as maiores alegrias? 
Raí responde: Conviver com o povo Macua, acompanhar os processos de crescimento das crianças e dos jovens nas escolas e em outros momentos. Alegria de estar a serviço do Reino de Deus e fazer tudo com amor. Procurar ser um com eles. Sentir-se em casa. Encontro com a equipe missionária. Convivência fraterna. Maiores Dificuldades? Malária que vem de vez em quando. -Por que escolheu ser missionária? Para servir e doar-me sem limites ao trabalho ao Reino de Deus. 

Fonte: http://www.pom.org.br/download/jornal/jpm_36_%20jun_2015.pdf

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